Quando surgiu, a imagem em P&B era originalmente uma limitação. A fotografia, que foi inventada oficialmente em 1839 mas foi só depois de uns 100 anos que a fotografia colorida ficou realmente viável. Isso significava o fim da ditadura do cinza e todos poderiam fotografar o mundo como ele sempre foi: colorido!
Tá aí a pergunta de um milhão: Mas por que, mesmo depois que ficou mais fácil que comprar uma Coca-Cola, que todo mundo tem acesso a equipamentos que fazem fotos coloridas, a gente ainda teima em fazer fotos em preto e branco?
O primeiro motivo para que a foto em P&B não morresse foi a reação dos fotógrafos da época.
Assim como ainda hoje é possível escutar fotógrafos negando a validade da fotografia digital em relação ao filme, na década de 40 os fotógrafos negavam a novidade da fotografia colorida.
Essa modernidade toda que estaria “depreciando a fotografia de verdade”. É comum isso acontecer a cada mudança de estilo ou tecnologia.
Mesmo com o choque inicial, a fotografia colorida desde então cresceu e se tornou a mais utilizada. Hoje ela é unanimidade na mídia: é muito raro encontrarmos um filme, um outdoor ou um editorial de moda sem cores. Afinal, queremos a realidade. Mas ela ainda está aí. Mesmo com as cores nos permitindo registrar o mundo com mais precisão as fotos preto e branco ainda vivem. O motivo pode ser variado, incluindo uma nostalgia crônica da nossa geração, que tem nas mídias sociais a maior ferramenta fotográfica da atualidade, mas grande parte dos fotógrafos concordam: as cores as vezes podem nos distrair do que realmente interessa em uma foto. A emoção, as formas e as texturas aparecem muito mais em um registro sem esta distração.
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